segunda-feira, 18 de maio de 2009

BONS TEMPOS DE MOLEQUE por Maurício (Mentes Urbanas DCI)


Aquele moleque era embaçado
O melhor atacante que eu vi jogar
Com as bolas nos pés e a jogada na cabeça
O gol! Não tinha como errar

Corria pra lá,
Corria pra cá,
Drible da vaca, chapéu canetinha;
Menino franzino, com o sopro do vento,
Gingava e distorcia

Se tivesse espaço
Era o pesadelo da defesa
Um chute certeiro
Ou no cruzamento, um gol de cabeça...

Bons tempos de moleque
A rapaziada no campinho
Um gol de madeira
Na sombra da árvore da horta do Senhor Assisso

Era dia de jogo
Os lances dos clássicos da TV
E tava lá ele querendo fazer

O relógio já marcava dezoito e cinqüenta
O sol iria dormir
O campinho um pouco escuro
No placar 9 X 9, nada a definir!

Acabava 10, pressão do adversário.
No bate rebate, bola na trave!
E sobra sozinho no pé do franzino
Olhar definido, já anoite o gol do dia,
Num chute calculado

Como prêmio...
Duas paçoquinha e guaraná Mimosa,
Admirado pela rapaziada
E os comentários na escola

Bons tempos de moleque!

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