quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É possível que estejamos todos enganados? por Luis Mendes

ngano Geral Fico pensando e às vezes dá até medo. Medo das conclusões que chego. Ou estou certo e então a confusão é maior que alcança meu pobre pensar; ou estou errado e sou o maior doidão. Porque às vezes chego a pensar que tudo não passa de um terrível engano. Parece que criamos uma vida para nós que nada tem a ver com aquilo que é nossa vida mesma. Criamos uma cultura que tende a nos desvincular da natureza da qual somos filhos. É como nos alijássemos de nossa mãe depois de sugá-la até a inanição. Parece que estamos a caminho das estrelas e o planeta é apenas uma ferramenta que usamos para este fim. Sustentamos um sistema que fabrica o alimento, a doença, o remédio e a prestação de serviços. Percebo que na medida em que vamos pagando por nossa alimentação, vamos perdendo o senso de uma vida natural. E pagamos agora para viver com o nosso trabalho porque já não fazemos parte da natureza mesma. Ela já não cuida de nós como faz com as plantas, os animais e a vida toda em redor de nós. Mas, em contrapartida não estamos mais independentes, emancipados, como podemos fazemos parecer. Enganam-se aqueles que assim pensam. Na verdade estamos cada vez mais submetidos à uma organização social. Já se experimenta monitoramento individual nos presidiários. Quando isso chegará ao cidadão? BBB já esta deixando de ser uma diversão. Estamos sendo transformados em consumidores e produtores tão somente. Em ultima análise, escravos e reféns de um sistema que criamos e que hoje nos gerencia. Quase aqueles filmes antigos em que as máquinas, criadas pelo homem, tomam conta do planeta. Ou filmes modernos como “Exterminador do Futuro” e “Matrix”, por exemplo. Pagamos para sermos gerenciado. Os nossos impostos sustentam a gerência desse aparente caos social. Pagamos para nos alimentar, para nos divertir, sentir, esquecer, até para viver e ser. Nada mais é espontâneo, até a criatividade humana é produzida em série, acabando com a originalidade. Nossa fome não é mais fome, é desejo de comer o que os anunciantes martelam via marketing. Vestir tem a ver com moda e não mais com proteger do frio ou até pudor, essa coisa antiga. Não temos contato com árvores, animais, grama, vida natural. Vemos tudo isso e “muito mais” na gigantesca TV a cabo e achamos que é suficiente. Nem nossa doença é doença mesmo, é mais motivo para comprar remédios. Um chá de limão ou de alho resolvia a maior parte dessas gripes e resfriados cotidianos que alavancam as vendas nas indústrias de comprimidos. Será que você que teve a paciência de me ler até agora pode me responder a pergunta inicial, ou ainda não consegui ser claro? Estou mesmo maluco ou a complexidade de tudo é muito além da minha capacidade de pensá-la? Por favor, estou mesmo na dúvida, se puder me ajude a responder.

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