quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ESTER E PRETO WILL, O RACISMO NÃO DEIXA DE EXISTIR por MC Maurício

Cenas lamentáveis do nosso brasilzão, em meio às desigualdades e contradições, ou melhor, a “ascensão econômica” que vive o país com tanta riqueza e status na globalização, a mancha de preconceito e racismo não deixa de existir na sociedade da nação do futebol, do carnaval e das maravilhosas praias.
Hoje ao conferir a caixa de e-mails do site da bol me deparo com a tal notícia:


Estagiária negra diz que chefe a mandou alisar o cabelo

A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, 19 anos, diz ter sido vítima de racismo no local em que trabalha, no Colégio Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin (zona sul de SP).
Segundo ela, a diretora da unidade quis forçá-la a alisar os cabelos para "manter boa aparência".
Ester disse que sofre discriminação por ser negra e ter cabelos crespos.
Conta que, em seu primeiro dia de trabalho como assistente de marketing, em 1º de novembro, a diretora do colégio a chamou em uma sala particular e reclamou de uma flor em seu cabelo --pediu para deixá-los presos.
Segundo a estagiária, dias depois a diretora a chamou novamente e reclamou do cabelo.
Teria falado que compraria camisas mais longas para que a funcionária escondesse seus quadris.

Resposta
Em nota, o colégio Internacional Anhembi Morumbi afirma que possui um modelo de aprendizagem inclusivo, que abriga professores, estudantes e funcionários de várias origens e tradições religiosas.
O uso de uniformes por alunos e funcionários é exigido para que o foco da atenção saia da aparência.
Questionado se a diretora mandou à jovem alisar o cabelo, o colégio limitou-se a dizer que a direção e o restante da equipe nunca tiveram a intenção de causar constrangimento.

Em outubro desse ano, o rapper Preto Will do grupo Versão Popular foi vítima de uma agressão física no metrô Campo Limpo em São Paulo. 


Texto abaixo por Nina Fideles
Colaboração Jéssica Balbino

Preto Will foi agredido no metrô Campo Limpo pelos seguranças, que o estavam encarando. Ele foi agarrado pelo colarinho e pelas costas com uma gravata e levado para fora da estação. O segurança ainda disse que se ele quisesse que pegasse o ônibus, pois de metrô ele não iria. Ele passou pelo hospital e está bem. Após ter passado dez dias ininterruptos promovendo a cultura, a arte da periferia com a realização da 4° Mostra Cooperifa, isso acontece.
Um caso entre muitos que acontecem cotidianamente e ficam apagados e passam despercebidos por muitos motivos. Preto Will é nosso amigo, militante da cultura negra, da cultura periférica, e canta a favor desta periferia e suas famílias. Pelo James Bantu que também foi humilhado em uma agência no Banco do Brasil ainda este ano.  Por muitos os casos.  Segue a pergunta: até quando a cor da pele pagará o preço pelo seu valor?
Que estes seguranças passem por constrangimentos públicos e paguem o que a justiça lhes preparar. E que atitudes de racismo sejam denunciadas nas ruas, nas redes sociais, em todo e qualquer lugar, pois este mau se fortalece quando nos calamos e cruzamos os braços, fingindo não ser comigo ou com você. Racismo é doença e precisa ser combatido.
Neste momento, ele está no Hospital do Campo Limpo fazendo o exame de corpo de delito. Há algumas escoriações pelo corpo do músico.
Assim que for liberado, ele deve retornar a 37ª Delegacia de Polícia no Campo Limpo, onde deverá prestar mais depoimentos.

Será que é necessário aceitar a afirmação da instituição com relação à estagiária Ester ou ficar calado e ficar só fitando a ação contra Preto Will. Puro racismo em ambas as partes de uma elite conservadora, a maioria ainda sofre com esses tipos de atitudes, nós negros ainda vivemos com cenas semelhantes a essas, parece mínimo, mas são em simples detalhes que o racismo se perdura no país.

LAMENTÁVEL!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dr. Sócrates...

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira - 19/02/1954 - 04/12/2011

Pouco pra falar, muito pra sentir. Amo futebol, mas como prática esportiva, aprendi com meu pai (que com certeza está em um lugar melhor agora), apreciar a magia de pensar e agir rápido entre um drible, uma dividida, um lance, um gol... Mas mais que isso ter como referencia um atleta que decidiu lutar pelas causas sociais, pela democracia do povão.
Neste domingo mais uma referencia pros meus momentos de inspiração se foi. Cidadão interiorano de Ribeirão Preto, fez com que muitas pessoas admirassem seu caráter, sua garra e determinação. Dr. Sócrates lembra muito meu pai Maurão zagueiro incontestável fora e dentro de campo. Meu pai me ensinou a gostar desse jogador maravilhoso e encantador, a cada lance em um programa de reprises dos momentos esportivos, meu pai me chamava "Venha ver o Sócrates, Maurício. Ele era o líder da democracia Corinthiana". Dizia meu pai com todo orgulho.
Não sou Corinthiano, mas aprecio o bom futebol, quem dirá nos tempos de Sócrates.
Enfim, só saudades. Agora Dr. Sócrates e Maurão estão no mesmo time.

SAUDADES, SIMPLESMENTE SAUDADES!

sábado, 3 de dezembro de 2011

CAMPANHAS: “10% do PIB para Educação Pública, já!” & "Isonomia Unicamp-USP"



A revolução só será feita quando a parcela oprimida da população se informar e se unir em prol dos direitos de todos os cidadãos. Vamos lutar pelos nossos direitos, o direito do povo brasileiro que se orgulha de seu país não só quando a seleção de futebol é campeã mundial ou comemora o carnaval. VAMOS A LUTA!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CABEÇA A 1000 por MC Maurício

Anteriormente
com uma vida alienada eu
servia, consumia
e não pensava.

Era difícil, mas eu levava!

No presente momento
sou cobrado pra pensar
não trabalho, não consumo.

É difícil, mas vou levando!

Os olhos ardem parecem queimar,
pois vejo a realidade
como realmente ela é
repleta de obstáculos e desafios.

Mas suja, nojenta, escrota e
i n d i v i d u a l i s t a!

sábado, 19 de novembro de 2011

COM MUITO ORGULHO: AFRO-BRASILEIRO por MC Maurício


Ganga Zumba e Zumbi
Verdadeiros guerreiros,
Referências revolucionárias
Dos afro-brasileiros.

Movendo os quilombos
Conglomerando a resistência,
Contra o colonialismo imperial
Nos mocambos a guerrilha persistência.

A todo o momento em cada negro
Em constante movimento,
Não fez apagar as chamas
De contestar o sofrimento.

Interagindo em cada espaço
Fortalecendo a corrente,
Com orgulho 100% negro
A luta segue em frente.

O brio da mãe África
O respeito às nossas raízes,
Torna o negro mais combatente
Entre o ego, a realidade e suas matrizes.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

VEJO-ME POUCO NO ESPELHO por Preto Cria


Você sabe a origem e a importância do espelho? Ele é proveniente de uma antiga civilização egípcia onde seu valor está diretamente relacionado à vaidade, o olhar, o avaliar e se conhecer.

A mídia formadora de opiniões e manipuladora da cultura de massas é o grande espelho do mundo, mas, infelizmente ainda é controlada por pessoas fincadas em valores da Europa. Sendo assim, se eu não me vejo eu não sou nada e se eu não sou nada ninguém se importa comigo. A invisibilidade do negro na mídia é um dos maiores instrumentos para perpetuar o preconceito e racismo no Brasil.

Devido à escravidão de ontem e a falsa democracia racial do presente, os negros foram submetidos a um processo de inferiorização. E a postura da mídia? Não se responsabiliza pelos erros históricos e relaciona a imagem do negro a estereótipos negativos. Os afro-convenientes com sorriso no rosto declamam “Estamos na mídia!”

Por outro lado uma visibilidade positiva do negro em todos os meios de comunicação permite aos nossos descendentes um reconhecimento de líderes, representantes, heróis e mitos negros. Favorece também a busca e o encontro com o próprio “eu” e uma identidade esclarecida. Se o jovem negro não for estimulado a conhecer suas raízes ele terá orgulho de que e de quem? 

Século 21 acredito que estamos caminhando nos tímidos primeiros passos. Há sim uma maior prosperidade de ascensão social no requisito música e esporte. Porém convivemos com essa expectativa em modalidades ainda limitadas. Há sim desafios maiores para serem resolvidos – v i s i b i l i d a d e  do negro em amplos segmentos musicais: modelos, juízes, empresários, astronautas negros e negras.

Cada afro descendente infiltrado na mídia o grande espelho do mundo têm de assumir o papel de reproduzir positivamente a arte, a cultura e a educação. Assim, com passar dos séculos, às gerações futuras se orgulharão ainda mais de suas origens ligadas com a mãe África.

Nós, como segunda maior nação negra do mundo temos muito que fazer e muito que aprender. Vamos aglomerar um exército de cabeças conscientes empenhadas no desenvolvimento de um trabalho de proximidade entre os nossos iguais, conhecimento das virtudes da negritude e o respeito à diversidade na busca de uma transformação social. E que essas e outras alternativas virem hábitos em nossas vidas e assim perceberemos a preciosidade que somos.

Axé!

Retirado do Portal RAP Nacional:

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mês da Consciência Negra em Araraquara-SP

Zumbi dos Palmares

A programação que celebra o Dia da Consciência Negra, no feriado de 20 de novembro, em Araraquara, foi aberta oficialmente ontem à noite, com uma discussão sobre a inserção do negro no mercado de trabalho, no Centro de Referência Afro (CRA).

Confira o restante da programação:

Amanhã (18)
19h: 1º Encontro do Conhecimento da Identidade Negra
- Centro Universitário de Araraquara (Uniara)

Sábado (19)
19h: 6ª edição do Prêmio Zumbi dos Palmares
- Palacete das Rosas
8h às 12h e das 14h às 17h: Workshop de dança e cultura afro-brasileira
- Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira (inscrições nas oficinas culturais Lélia Abramo)

Domingo (20)
10h: 5ª Marcha Regional da Consciência Negra / Missa Afro / Show com o sambista Tobias, da escola de samba Vai-Vai
- Parque do Pinheirinho

Segunda-feira (21)
20h: Cinema em Série Especial Consciência Negra com o filme "Mandela"
- Casa da Cultura

Quinta-feira (24)
19h: Palestra "O Olhar Brasileiro Sobre Cabo Verde"
- Centro de Referência Afro (CRA)

Sexta-feira (25)
16h30: "Chá da Tarde com Velha Guarda"
- Centro de Referência Afro (confirmar presença até terça-feira, 22, no CRA)

Sábado (26)
9h às 13h: "Afro-Cidade", com apresentações das oficinas culturais realizadas no CRA
- Praça Santa Cruz

Segunda-feira (28)
20h: Cinema em Série Especial: filme "Besouro"
- Casa da Cultura

Terça-feira (29)
Palestra sobre a elaboração de projetos sociais
- Centro de Referência Afro (CRA)

Informações:
(16) 3322-8316 e no CRA (Avenida Duque de Caxias, 660 - Centro)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O HOMOSSEXUALISMO E A PRISÃO por Luiz Mendes (Memórias de um sobrevivente)

Homossexualismo

Como todo garoto de minha geração, educado com valores machistas, fui levado a descriminar homossexuais. Aos onze anos de idade fugi de casa e então fui conhecê-los realmente. Pareciam mais marginalizados que eu. O meio marginal em que convivíamos me acolhia como mais um par. A eles esmagava.
Há esse tempo homossexual era somente o elemento passivo da relação. Era aceitável usá-los. Não era nada fácil a qualquer rapaz satisfazer suas necessidades sexuais. As garotas casavam virgens.
Havia um imenso quadrilátero no centro de São Paulo, chamado de “Boca do Lixo”, onde a prostituição imperava. As ruas, as casas, os bares e até prédios inteiros cheios de mulheres que se vendiam, e barato. Muitas delas coitadas que haviam sido seduzidas. Era vergonha uma moça solteira sem virgindade na família. Aquelas que tinham família bem de vida, eram mandadas para colégios internos. As que não tinham: a zona do meretrício. Os “fregueses” davam trombada nas esquinas devorando as garotas com os olhos.
Àqueles que não possuíam dinheiro sobrava ir para a Av. Ipiranga ou Praça da República. Lá havia as “meninas de trança”. Passeavam por ali até serem abordados por algum homossexual. O elemento passivo pagava pelos “favores” do ativo. Os rapazes vinham dos bairros para “pegar” “veado”. Era meio de vida. As pessoas ainda estavam dentro de seus armários.
A sociedade de então era um fundo onde se organizava um mosaico de pessoas que procuravam seus iguais. As idéias de diversidade e a multiplicidade sexual começam bem ai, no fim dos anos 60 e início dos anos 70.
Quando cheguei na prisão, a “bicha” era discriminada, tratada com subumano, mas aceito como componente. Não havia visita íntima. Era a única saída. Os mais afoitos pegavam na forçada rapazes novos que chegavam. Estupros ocorriam diariamente. Era preciso virar bicho para não ser vítima de bicho. Cheguei ao cúmulo de matar para não ser estuprado. Quase perdi a vida para defender meu corpo.
As “meninas” foram as primeiras pessoas que me ajudaram quando garoto perdido na cidade. Vestiram e alimentaram muitas vezes. Claro, queriam a contrapartida. Mas não me oprimiam. Tentavam seduzir e me favoreciam bastante. Há esse tempo já havia me tornado um animalzinho mau e ingrato. Eu os roubei e usei quanto pude. Conhecia suas fragilidades. Tornaram-se presas fáceis para o predador que me tornei.
Hoje na prisão, é homossexual quem quer. Ninguém é obrigado. Mesmo por isso existe discriminação. A vida nas prisões exige firmeza de atitudes e combatividade. O preconceito é vinculado à fragilidade que se pressupõe existente no homossexual. Quem cede, para o preso, é fraco. Portanto, não confiável. Eles não podem participar de nenhuma decisão, nenhum debate e nem saber de nada. Cumprem duas prisões. Condenados que são por seus crimes e agora pelas suas definições sexuais.    
Por conta dos preconceitos prisionais, eles são obrigados a viver isolados. Seus pratos, copos e colheres são separados. Não podem fumar do mesmo cigarro ou do baseado que os outros. Isso quando não são obrigados a viver em setor isolado chamado de “seguro de vida”. Claro que há mais respeito atualmente e não é mais possível abusar deles fisicamente. Covardias e patifarias grosseiras não são mais aceitáveis na prisão.
O preconceito de agora atinge os parceiros ativos. Também eles estão sendo descriminados e têm suas tralhas separadas. Esse disfarce de “ativo” ou “passivo” vai desaparecendo. Homossexual é a pessoa que se define, sexualmente, por gostar de outras pessoas de seu mesmo sexo. E, pelo que estou sabendo, eles assumem e levam vida de casal com seus parceiros numa boa. Já vi companheiros abandonarem mãe, mulher e filhos, por causa de um amor na prisão.    
Ao iniciar minha caminhada no mundo dos livros, já conhecia bastante sobre homossexuais. E ao ler o livro “As Meninas” de Lígia Fagundes Telles, encontrei a definição que me orientou para sempre. Ela afirma, pela boca de um personagem, que nesse mundo conturbado as relações amorosas são tão complexas e difíceis, que se tornaram quase impossível. Então, quando duas pessoas se querem de verdade, o que menos importa é o sexo com que cada uma delas nasceu.
Creio devemos aplaudir as pessoas que se amam e torcer para que nós também tenhamos essa sorte. Que se danem os preconceitos; eles ficarão e a história há de continuar sua evolução e progresso.

01/10/2011
Acesse: http://revistatrip.uol.com.br/blogs/mundolivre

sábado, 5 de novembro de 2011

APESAR DE VOCÊ por MC Maurício inspirado pela canção...

Estudantes da USP em protesto contra a PM Foto: Lalo de Almeida

MÚSICA: Apesar De Você

Amanhã vai ser outro dia

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão

...

Inspirado pela canção de Chico Buarque deixo esse manifesto, há algum dias conversando entre meus colegas, levantei um comentário:

- Estourará uma revolução no Brasil de tamanha magnitude, que muitos ficarão surpresos, estudantes, professores, funcionários públicos, terceirizados, homossexuais, negros, pobres e até militares não agüentarão mais as torturas do capitalismo.

Bom, poucos deram importância e até debocharam.

- Ce tá viajando em negão!

Hoje será mais um dia pra que a revolução tenha seu fortalecimento, cito com ênfase a luta dos estudantes da USP contra a polícia militar no campus. Por quê? Por que é muito simples, a polícia no campus age como um espião para contra qualquer mobilização das verdadeiras cabeças pensantes da sociedade, a polícia não deve estar lá, com essa forma de repressão não será possível promover greves, protestos e discussões.
Quando os professores ocupam a Avenida Paulista pelo reajuste salarial, quando os estudantes formam um front pela redução do transporte coletivo, quando o movimento negro realiza suas atividades pelas igualdades sociais, lá estão os “ratos cinza” com bombas de gás, cassetetes, cavalaria, cães e armas de fogo em punho, defendendo o patrimônio burguês que assola o nosso país.

Toda a força aos estudantes em manifesto!

ACORDA RAPAZIADA VAMOS LUTAR PELO O QUE É NOSSO DE DIREITO!!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

IRRESPONSÁVEIS!!!


Foto: Moisés Schini/Tribuna de Imprensa

Esse tipo de prática é um crime contra a cultura musical e popular, os (i)responsáveis por essa atitude devem ser punidos, muitos nem sabem o que existe nesses materiais. IMPRUDENTES e IMORAIS!!!

Muito triste...

Discos do Museu da Imagem e Som são jogados no ‘lixão’ 11/04/2011

Os discos de baquelite e vinis deixados no estacionamento da Casa da Cultura de Araraquara entre terça e quarta-feira foram encontrados na tarde de ontem no aterro sanitário da cidade. O material foi descartado pela Casa da Cultura após dedetização do Museu de Imagem e Som (MIS). 

Embora muitos discos estivessem quebrados e outros danificados por cupins, a reportagem da Tribuna constatou que parte do material estava em bom estado e até mesmo intacto. Discos de Carlos Gardel, Doris Day, Francisco Alves, Maria Callas, Elvis Presley e raridades italianas de 1943 foram encontrados no lixo. 

Trabalhadores do aterro disseram que o material foi recolhido na Casa da Cultura. A secretária de Cultura, Euzânia Andrade, não soube dizer como o material em bom estado foi levado da Casa da Cultura para o lixão. "O que foi descartado estava comprometido, mas vamos averiguar o fato", garantiu. 

A seleção dos discos prejudicados foi feita no feriado de Finados. As obras ficaram em uma área externa da Casa da Cultura para não atrapalhar a limpeza do MIS. "Deixamos os discos cobertos no estacionamento para avaliarmos o estado de conservação deles", afirma a gerente pedagógico-cultural dos museus, Virgínia Fratucci. 

Ela garante que a Casa da Cultura tem autonomia para descartar o que está prejudicado. "Foi uma pré-decisão feita com muito discernimento." E reforça que o material danificado foi doado desta maneira e não chegou a este estado por má conservação. Detalhe: alguns álbuns têm o selo da Biblioteca Mário de Andrade.
‘Patrimônio histórico não tem volta’
Para a ex-coordenadora do Museu de Imagem e Som (MIS), Tereza Tellarolli, a cada descarte de acervo uma comissão com três pessoas deve ser montada para avaliar o material. ‘Patrimônio histórico não tem volta, por isso é preciso cuidado na hora de descartar qualquer coisa’, afirma. Segundo ela, a decisão, para ser pertinente, deve passar por uma equipe técnica com conhecimento do que está sendo analisado. ‘É normal na esfera pública haver condições menores que as ideais para a Cultura — isso é um fenômeno geral em qualquer lugar —, mas é preciso ter preparo para saber o que está sendo decidido’, reforça.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ANDRÉ (ETC...) MANDA O RECADO!!!




Salve RAPA, dia 16 de Outubro (próximo domingo) Lançamento do CD Coletânea "Araraquara Solta a Voz" com 10 Grupos da cidade e 2 Grupos convidados de São Carlos e Américo Brasiliense, no Teatro Municipal da cidade de Araraquara na Bento de Abreu na Fonte, vamos comparecer e vamos prestigiar, o RAP precisa de vocês "PÚBLICO" pra começar o Resgate no Movimento!!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

CENAS DO "NOSSO" BRASIL: Light confirma interesse em Belo Monte


Desde as navegações no século 16, as coisas nunca mudam, sempre é o capital estrangeiro estuprando os recursos naturais de outras nações e hoje com os países subdesenvolvidos, ignoram-se as questões ambientais, sociais e culturais, para se obter lucros exorbitantes, eliminando qualquer tentativa de progresso a favor (a princípio do Brasil) desses países. Enquanto isso ocorrer, o “poder” que fica nas mãos das empreiteiras e do capital externo nosso país nunca terá uma cidadania digna de reconhecermos os direitos a nosso favor (se é que existam). por Maurício (Mentes Urbanas DCI)



Em quarta-feira 5/10/2011, às 15:34
O presidente da Light, Jerson Kelman, confirmou hoje o interesse da companhia em participar do capital acionário do consórcio da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, projeto superior a R$ 20 bilhões. Ele não quis comentar, no entanto, de que forma se daria a entrada no capital. "Estudamos. Estamos estudando a possibilidade. É tudo o que eu posso dizer no momento", disse em rápida entrevista durante intervalo do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase).
Os rumores de que a Light e também a Cemig assumiriam 10% do consórcio de Belo Monte já se arrastam há alguns meses e ganharam força nesta semana. As duas elétricas ficariam com os 10% que hoje estão nas mãos de empreiteiras, que deixarão a usina e passarão apenas a prestar serviços de construção do projeto.
Segundo os rumores, a Light ficaria com a parte que hoje cabe às construtoras Galvão Engenharia, Contern, Cetenco, Serveng, J.Malucelli e Mendes Junior. Juntas, elas detêm 7,5% do consórcio. Desse porcentual, 5% ficariam com a distribuidora fluminense e 2,5% seriam absorvidos pelo fundo de pensão dos funcionários da Caixa (Funcef). Já a Cemig, principal acionista da Light e controlada pela Andrade Gutierrez, que detém 33% de Belo Monte, levaria os 5% que estão nas mãos da OAS e da Queiroz Galvão.
Retirado do site: http://br.finance.yahoo.com/noticias/Light-confirma-interesse-Belo-estado-1505671570.html?x=0

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

UM POUCO DE MANDELA!



Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria liguagem, você atinge seu coração."
Nascemos para manifestar 
a glória do Universo que está dentro de nós. 
Não está apenas em um de nós: está em todos nós. 
E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, 
inconscientemente damos às outras pessoas 
permissão para fazer o mesmo. 
E conforme nos libertamos do nosso medo, 
nossa presença, automaticamente, libera os outros.

Devemos promover a coragem onde há medo , promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O BRASIL E SUAS CONTRADIÇÕES...

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprova R$ 400 milhões de reais para a reforma do Estádio do Mineirão em Belo Horizonte, que será sede da Copa do Mundo de 2014.

ENQUANTO ISSO...

Professores da rede do ensino do estado de Minas Gerais protestam pelas ruas de Belo Horizonte contra o pagamento mensal de seu salário de R$ 369,00 reais (mais as gratificações) e por melhores condições na educação pública.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

PRODUÇÃO LITERARIA NAS PERIFERIAS DO BRASIL É FOGO NO PAVIO! Por Maurício (Mentes urbanas DCI)

Já faz um tempo que estou acompanhando a arte construída nas periferias do Brasil, e a literatura não está de fora dessa forma de expressar os sentimentos. Há tempos através da extinta revista Rap Brasil já era possível encontrarmos as publicações dos autores periféricos, trazendo a identidade que tanto buscamos, desde quando fomos arrancados dos braços da nossa mãe África. Sérgio Vaz, Buzo, Ferréz, Luiz Mendes, Sacolinha, Preto Ghóez já nós faziam encontrar os caminhos para realmente sabermos quem somos, através de seus versos, contos e crônicas...
Sem dúvida hoje a periferia fala, canta, grita e escreve se espalhando pelos Saraus que movimentam todas as gerações marginalizadas, que a cada mês são lançados livros e livros, com a nossa cara, muito longe dos padrões acadêmicos (os quais disputam prêmios de status na mídia), pois a produção literária nas periferias brasileiras tem o seu prêmio maior, fazer com que todos são livres pra se expressar e buscar a sua identidade.

EMBRIAGUEZ, INJUSTIÇA E MORTE NO TRÂNSITO DE ARARAQUARA por Dé (Mentes Urbanas DCI)


João Pedro Bellinatti, filho de um dos donos da On-Off em Araraquara-SP, casa noturna de balada, que é freqüentada por pessoas de alto poder aquisitivo; há cerca de dois meses, estava embriagado , com seu Golf, quando atravessou um cruzamento, próximo a panificadora Pão da Terra, não obedecendo a sinalização de parada obrigatória, atingindo violentamente uma mota 125cc.
Na moto estavam um senhor, que levava sua esposa, que era guarda municipal.
O jovem irresponsável, baseado na lei, que não o obrigada a fazer o exame de bafômetro, se negou a soprar o bafômetro.
O senhor ficou bastante machucado, mas está fora de perigo; já a senhora ficou em coma, vindo a falecer uma semana depois. E agora? O que aconteceu a este jovem? Nada, simplesmente nada, no outro dia foi à casa de praia que possui pra esperar a poeira baixar.
Uma vida interrompida pela irresponsabilidade deste jovem, filhinho de papai, vagabundo, que para se divertir enche a cara de whisky, e sai por ai a matar pessoas, e os filhos desta senhora? Ela também era filha, de um pai e uma mãe que a amavam demais, agora fica a dor da perda a machucar o coração dos familiares e amigos, esse espinho pontiagudo que penetra na alma, provocando aquela dor incurável.
Sei que este texto não traz a vida dela de volta, mas é um desabafo, porque fiquei revoltado com a situação, me imaginando no lugar da família, e os jornais daqui sequer noticiaram o fato, nem o tão falado "Jornal do Magdalena", será porque este jovem faz parte de família de grande poder aquisitivo, ou será que a polícia militar, colocou panos quentes, pra "abafar" o fato? Cadê a lei seca? Este jovem deveria estar atrás das grades, PAGANDO PELO CRIME QUE COMETEU, agora continua solto, e gozando da liberdade. Quantos mortes já tivemos e nada foi feito? Quantas famílias precisarão chorar e sofrer, para acontecer mudanças e justiça? Ou vão esperar alguém fazer justiça com as próprias mãos.

"a justiça não é cega, ela é corrompida pela moeda"

terça-feira, 23 de agosto de 2011

FÊNIX SEMPRE! por Maurício (Mentes Urbanas DCI)


O CORPO EM CHAMAS,
UMA FÚRIA ARDENTE
CONTAGIA A ALMA DO SER PRESENTE
MUITOS SE CONFUNDEM
POUCOS À SENTEM
MAGIA DIGNA A LUZ SE ASCENDE!
FÊNIX!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pela Web: processo contra MC Tonho Crocco é arquivado pela justiça gaúcha


A pedido do ex-presidente da Assembleia gaúcha, foi arquivado pela justiça na manhã da segunda-feira (9/8), o processo contra o músico Tonho Crocco. O atual deputado federal Giovani Cherinihavia encaminhado representação ao Ministério Público em função da música "Gangue da Matriz". Na decisão, o juiz Artur dos Santos e Almeida, do 3º Juizado Especial Criminal do Foro Central, relatou ainda que as pessoas citadas na música, as quais seriam as reais vítimas, não ingressaram com representação na Justiça.

Notícia extraída do portal: Central Hip-Hop

“ÍDOLOS” DE QUEM ? por Fabiana Cozza



A construção da carreira artística está a quilômetros de distância do “mundo encantado de Alice” proposto pelo programa “Ídolos” (Record). Às vezes em que assisti ao “reality show” – dito musical – sempre fiquei com a velha indignação sobre o papel exercido pela TV que, ao meu ver, deveria efetivamente ser educativo e menos apelativo no que tange à espetacularização da imagem alheia, a ridicularização e humilhação de muitas pessoas.
O sonho do “grande ídolo” é uma mentira e efetivamente aqueles milhares de candidatos precisam saber disso. É um jogo de loteria com data de validade para quem “ganha”.
O processo de seleção é de dar dó dos participantes. É a disputa da bizarrice, na maioria dos casos. É de se suspeitar até que a pré-seleção “exija” do candidato um pouco de bufa, de grotesco. Afinal, a TV vive da carnificina humana. A busca iludida e desesperada por um espaço ao sol no hall das celebridades, ou minimamente um buraco para ser visto, leva muitas destas pessoas a perder um valor precioso, a dignidade. E pra mim chega a ser constrangedor, revoltante, ouvir os comentários dos jurados espezinhando ainda mais no couro dos pretendentes.



Quando aparecem cantores, propriamente ditos, poucos não são a cópia – ainda sem entourage - de alguém que já está por aí. A maioria não tem personalidade pois “personalidade artística” também passa por estrada e trabalho efetivo, não cai do céu, e ninguém jamais aprenderá isso num programa com estes moldes.
Quando iniciam-se as disputas a gente vê aquele batalhão de concorrentes cantando samba, xaxado, música caipira, funk, balada, valsa, da mesma forma. E acredito que a culpa não seja deles. É possível que não haja tempo hábil para uma instrução musical efetiva. É possível que a reprodução de padrões fonográficos esteja já tão introjetada no cantar que é impensável mudar da noite para o dia. É possível que ninguém ouviu nada além de meia dúzia de nomes nacionais e internacionais recentes. É fato que não existem escolas de música no Brasil. E é caso encerrado que para ser um ídolo há uma ditatura estética definida.
Os comentários dos jurados – personagens do “reality show” – são descartáveis. Ninguém fala nada que indique ou oriente o candidato a um caminho qualquer que seja. “Você não foi bem hoje, precisa se superar”, “você desafinou naquela nota”, “você se atrapalhou na entrada da canção” etc etc. Não sei efetivamente se alguns dos críticos de plantão consegue discernir uma nota afinada de outra que não. Mas o importante é dar continuidade ao espetáculo. Logo, o papel da banca, dividida entre o “bonzinho”, “o entendido no assunto” e o “mal” é bater e assoprar.
E o vencedor? Onde vai parar o novo “Ídolo”? A legitimidade do título conquistado não os coloca no mesmo patamar de nomes como Ivete Sangalo, Luan Santana, etc e eles também não disputam as páginas de “Caras”. O novo astro não passa de uma marionete.
Pra concluir, como já me disse o escritor e amigo Marcelino Freire: “não conheço um artista brasileiro que – sem qualquer apoio financeiro e/ou sobrenome de gente famosa – viva de sua arte sem ralar muito”.

Acorda, gente!

Acesse a coluna da cantora AQUI

sábado, 6 de agosto de 2011

AS PROMESSAS DA TECNOLOGIA por Luiz Mendes

O Tempo, o Trabalho e a Tecnologia

A descoberta e desenvolvimento de novas tecnologias não têm servido ao homem como se anunciava. A promessa era de diminuir o tempo de trabalho que tomava a maior parte de nossa vida. Mais tempo para lazer e diversão. Tempo para reflexão, estudo, pesquisa, capacitações e autoconhecimento. Tempo e dinheiro para gastamos mais livremente, passear, viajar, conhecer...
Mas os anos se passaram e o que vai acontecendo é que nosso tempo parece que diminuiu mais ainda. Nosso esforço tem que ser maior a cada dia. Aquela conversa de matar um leão por dia já não é tão literal assim. O emprego fixo com todos os benefícios trabalhistas, como férias, 13º terceiro, estabilidade de emprego, indenização por demissão, plano de saúde, seguro acidente e desemprego, aposentadoria, participação nos lucros da empresa, vai se findando. As contratações hoje são por tarefa. Acabou o que havia a fazer; acabou o vínculo empregatício.
Mas a necessidade de trabalhar para garantir a sobrevivência continua e até aumenta, com a crise nos salários. Muita gente tem dois e até três empregos. O que parecia inconcebível há poucos anos atrás.
O medo do desemprego é cada vez maior. Um fantasma a nos seguir. De repente vira pânico. Qualquer um de nós pode receber essa condenação. Ficar sem trabalho é quase como ser morto. Sofremos até preconceito. As pessoas nos evitam e batem três vezes na madeira ao falarem de nós. Porque não há alternativas. É estar empregado ou não ser nada. É preciso agradecer efusivamente o empresário que nos emprega por um salário que mal dá para cobrir nossos gastos.
Encontrar trabalho e conservá-lo é tarefa árdua que nos toma todo nosso tempo. Todo mundo faz hora extra ou dá uma “puxadinha de saco” chegando mais cedo ou saindo mais tarde. Tempo livre gera medo porque é tempo que não foi transformado em dinheiro. O tempo atrelou-se ao dinheiro definitivamente. Estudamos somente especializações, graduações para currículo, para trabalhar e ganhar mais dinheiro. Que, em tese, seria para termos mais tempo para nós...
A tecnologia, como foi prometido, não libertou o homem da servidão e da necessidade do trabalho coisíssima nenhuma, infelizmente, como outras tantas promessas. Perigas até haver prendido mais e causado mais necessidades ainda.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pela Web: MC Tonho Crocco é processado por rap contra salários de deputados

ISSO SÓ NOS FORTALECE!


"Uma representação ao Ministério Público, assinada por Giovani Cherini (PDT) quando ainda era presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, resultou em processo por crime contra a honra para o músico gaúcho Tonho Crocco. O músico fez um rap no qual chamava de ´gangue` os 36 deputados [referência ao vídeo da música "Gangue da matriz"] que aprovaram aumento de 73% em seus próprios salários, em dezembro do ano passado.

Atualmente deputado federal, Cherini encaminhou uma representação ao Ministério Público para que analisasse o vídeo divulgado pelo músico e, caso necessário, tomasse providências. Tonho Crocco recebeu nesta semana uma intimação para uma audiência preliminar no dia 22 de agosto, da qual Cherini também vai participar."

Em manifesto publicado em seu site oficial, o rapper declara: "Meu verdadeiro temor é que se abra um precedente coibindo as manifestação políticas; principalmente aquelas que usam de vias pacíficas e da arte como forma de expressão. Gostaria de contar com o apoio e mobilização dos que concordam com esta filosofia. Não apenas a classe artística e sim de todas pessoas que compartilham esta visão."

Confira a matéria completa e conheça o trabalho do MC Tonho Crocco no http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=noticias_detalhes.php&id=2800

CANA-MILHO, BRASIL-EUA a mesma coisa por Maurício (Mentes Urbanas DCI)



1530 período colonial exploração
Cultivo da cana-de-açúcar
Nos engenhos a produção escravidão
O sangue nas chibatas percorre pelos canaviais
Hoje os bóias-frias lembram nossos ancestrais
Exposto ao sol pros patrões não é visível
Alimentam a disputa pelo álcool combustível
Grandes propriedades áreas devastadas
Ralações humanas e naturais
Destruição do planeta terra mais eficaz
Tecnologia acelerada gradua o consumo
Máquinas na colheita e o povo sem rumo
Processos nos carros diminuem a emissão de CO2
Efeito estufa caos no mundo
O lucro vem agora e as conseqüências aparecem depois
No estado de São Paulo os olhos estão pra região central
Cosan monopoliza a produção do capital
Usinas Tamoio, Zanin, Santa Cruz
Provocam interesses externos, induz
Bush, Obama ascensão em disputas
Na América do Norte corroem o milho por álcool e vendas ininterruptas
E os pobres mexicanos ALCAmente destruídos
Verá o fim da tortilha pelos Estados Unidos
Será que os governantes estão ligando pro desenvolvimento?
Os países ricos sugando os pobres, sempre se abastecendo
Se o Brasil não consegue promover a reforma agrária,
Quem dirá vender celulose de cana como o petróleo da Arábia.

sábado, 30 de julho de 2011

HUMANOS DE LABORATÓRIO por Maurício (Mentes Urbanas DCI)


Seres confinados, submetidos a experiências,
Do início da vida de suas existências
Vários clones são feitos para não errar
Com marcas no corpo globalizado a se identificar.
Nascidos em cativeiro com o fator genético
Capitalismo puro, das marcas dos dedos às células do cérebro.
Alienados sem espaço em qualquer lugar,
Sem direito de resposta, sem se libertar.
Acorrentados pelo medo de não entender,
Sobre o que existe em sua volta o espaço que se vê
Com a mente atordoada sem princípios normais
No DNA não adverte, pois são artificiais.
Prontos pra trabalhar e alimentar uma raça,
Sentindo o peso do ódio e promover suas desgraças.
De segundos a horas um proceder rotineiro,
Sem sentido não escolhem o que será do seu tempo.
Habituados a ver sempre a mesma imagem
No mundo colorido não há desvantagens.
Obrigados a cobiçar e engolir o desejo.
Estando na linha fazem o que o seu criador quer,
Se alimentando do outro por um motivo qualquer.
Até que conte com uma virtude como a de ninguém
Pois alteram o resultado de seus raios-X
Diagnosticados dizem que o problema é outro,
Mesmo assim, persistir na história e libertar todo povo.
Somando a ser um conjunto no meio de outros,
Até a luz que ascende e agirem como poucos.
Chamas em seus corações o vírus, um defeito próprio...
Livres! Agora chegou vez, Humanos de Laboratório.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

RIO DE JANEIRO (Cenas fora do roteiro) por Maurício (Mentes Urbanas DCI)


GUERRA NOS MORROS
O ESTADO DETÉM O "DOMÍNIO"
O CRIME DETÉM O DINHEIRO
O MEDO ASSOLA O ENTORNO
O POVO PEDE SOCORRO
O PODER PERSEGUE TODOS
UNS QUEREM STATUS
OUTROS UNANIMIDADES
E MUITOS (O POVO) APENAS A PAZ!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Devoradores de Notícias Ruins por Luiz Mendes (Memórias de um sobrevivente)

Meninos
A cada um daqueles meninos que teve seu sangue derramado nas calçadas, tivemos ali exposta a pior de nossas doenças sociais. Só que em vez de ler aquele trágico acontecimento e buscar a cura, sentimos uma espécie de alívio: Ufa! Desse estamos salvos; menos um predador! E nos acomodamos, qual aquele fosse o ultimo deles. Preferimos não enxergar que, de onde saiu aquele, se as condições continuarem as mesmas, sairão muitos outros. A progressão deixou de ser aritmética há bastante tempo. Estamos perdendo terreno, o ritmo já é geométrico há muito.
A bomba foi mais uma vez desarmada, nos auto-iludimos.
Há quem aplauda os protagonistas daquela “pequena” tragédia. Sempre parece recorrência falar do Massacre da Candelária. Mas desenhar mentalmente dezenas de crianças dormindo no calçamento, abandonados ao relento, juntas para gerar calor e policiais vestidos à paisana metralhando-as, é medonho. Oito foram mortos e vários feridos. Loucura total, a “Escola do Mundo ao Avesso” de Eduardo Galeano.
Mais uma vez perde a justiça na acelerada concorrência com a segurança. Aqueles meninos são “micróbio social” dos quais nos libertamos. Virus, infecção social, animais, bestas feras, são as maneiras que nos referimos a eles. Houve até um tempo em que os policiais eram aumentados em seus soldos com bônus em seus “atos de bravura” ao exterminar jovens delinqüentes.
Parece até que as doutrinas de segurança nacional vão sendo substituídas pela histeria coletiva alimentada pela mídia. Os Ratinhos, Datenas, Fachiollis, Gotinos e outros com suas barrigas enormes e seus gordos salários, vão hiper dimensionando as desgraças ocorridas no país. Criam verdadeiros devoradores de notícias ruins.
Enquanto isso, os roubos, furtos e demais delinqüências cometidas por aqueles cujo sangue foi derramado nas calçadas são brincadeira de criança ou piada diante das fraudes de mercadores, banqueiros, políticos e gestores públicos...
A cascavel só ataca quem esta de pés descalços, já dizia alguém que não me lembro quem.
DO BLOG: 
http://revistatrip.uol.com.br/blogs/mundolivre/

terça-feira, 26 de julho de 2011

AUTORIDADES ESTADUNIDENSES CRIMINALIZAM O GRAFITE


As autoridades dos governos dos estados nos EUA alegam que os grafites contribuem para “degradação urbana e econômica” das cidades. Pura repressão a manifestação visual do nosso Hip-Hop. Forças a todos os grafiteiros e pichadores que vivem intensamente a arte de rua e superam as barreiras da repressão à liberdade de expressão e sentimento.


PUBLICAÇÃO, MATÉRIA E FOTOS: 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A ESCRAVIDÃO MODERNA DAS ZPE'S

EXTRAÍDO DO BLOG DO ESCRITOR FERRÉZ - http://ferrez.blogspot.com/


Você sabe o que é uma ZPE?
Empresas como a NIke, Reebok e GAP, Guess, Old Navy concentram suas produções em ZPEs, que é uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), ou seja um distrito industrial onde empresas neles localizados operam com suspensão de impostos, liberdade cambial (não são obrigadas a converter em reais as divisas obtidas nas exportações) e gozam de procedimentos administrativos simplificados.
Pela lei a ‘A ZPE são instaladas nas regiões menos desenvolvidas do País, objetivando reduzir desequilíbrios regionais, bem como fortalecer o balanço de pagamentos e promover a difusão tecnológica e o desenvolvimento econômico e social do País.’
Lindo discurso, mas na verdade são campos de escravidão modernos, onde se criam leis próprias e essas áreas, a mão de obra é extremamente barata e não sindicalizada, os trabalhadores vivem em lugares que mais parecem chiqueiros com teto e até marcação com tinta no chão para dormirem, como um estacionamento.
O salário fica abaixo do nível de subsistência e os ‘escravos’ modernos não conseguem economizar nada, pois gastam com comida em volta da fábrica e locais para dormir.
Porque esses trabalhadores ficam nessa situação e não voltam para sua casa?bom, outro fator importante, eles moravam em fazendas que foram desapropriadas por leis de reformas agrárias, algumas viram campos de golfe, outras são áreas são dadas pelo governo para as grandes fábricas, então não há para onde voltar.
Horas extras são obrigatórias, placas contra Agitadores “sindicalistas” estão espalhadas por todos os lados, se existe muito serviço quando a GAP tem uma grande encomenda, então se trabalha das 7 da manhã até as 2 da madrugada, horas extras são obrigatórias, se não tem serviço, os trabalhadores tem que ir para casa e não recebem até que haja mais serviço.
A casos documentados de morte por excesso de trabalho e também de assassinato de trabalhadores que não concordam e resolvem lutar por seus direitos.
Você pode estar dizendo que isso é em outros países e que pouco tem a ver com sua realidade, mas países inteiros são transformados em favelas industriais e guetos de mão de obra barata, e não apenas no Sri Lanka, onde o governo da 10 anos sem pagar impostos, ou seja vende sua população por isenção de impostos, todos os incentivos que os governos criam para atrair essas empresas, servem para dar a sensação de que elas são turistas econômicos, em vez de investidores de longo prazo. Outros países que tem seus ZPEs, na Coréia do Sul, Taiwan, Vietnão, México, Filipinas.
Você pode só abaixar ai e dar uma olhada na etiqueta do seu tênnis? bateu com algum desses países? parabéns você ajuda a manter isso.
Só para ficar na mente, a grande maioria é de mulheres jovens e inexperientes que não sabem seus direitos.
Outro dado, 27 milhões de pessoas estão vivendo nesses bolsões de misérias
Se quiser mais dados sobre o assunto, recomendo o livro de Naomi Klein - Sem Logo, ou reportagens que coligam as ZEPs com a falta de direitos trabalhistas em todo o mundo, todos os detalhes desse texto são baseados em estudos e documentos oficiais.
A nossa luta continua, aos poucos temos que abrir os olhos das pessoas para o que consomem, pois todos somos responsáveis por essa Capetalismo, já que consumimos e nós que damos poder para que tudo isso ocorra.