sexta-feira, 23 de novembro de 2012

INFORMATIVO: GUERRILHA DCI ANO v nº I NOVEMBRO DE 2012 – “FALANDO PRO MUNDO”

ARTE É MANIFESTO!


Arte/colagens por MC Maurício

Haiti, mãe da liberdade da America! por Ismane Desrosiers (Haiti)


          O problema do Haiti é um problema crônico! O país conheceu duas colonizações: Espanhola (1492-1625) e Francesa (1625-1804). De 1791 a 1804  o Haiti fez uma revolução única e sem igual em toda história da humanidade com uma palavra chave ''liberdade ou a morte'' essa revolução é única porque  era uma revolução contra a ordem mundial naquela época que era a colonização, escravidão e o racismo na America inteira. A última batalha pela independência foi realizada em 18 novembro 1803 sobre a liderança de Jean Jacques Dessalines Le grand aquele que ganhou a maior batalha diante os francês  E o dia primeiro de janeiro 1804 o país tornou primeiro país negro independente no mundo e segundo atrás dos Estados Unidos na America. 
Então, 1804, é a vitória da coragem, à vontade, a cegueira, de heroísmo do povo haitiano contra o cálculo de oportunismo econômico e político dos franceses.  Vamos ver a revolução haitiana criou o caminho pela libertação total de todos os países da America sob o jugo da colonização, escravidão dos países europeus.
Desde então, o país tornou um inimigo por todas grandes potências coloniais para ter feito uma ruptura com esta ordem mundial até no inicio do século XIX, o Haiti sofreu uma ocupação dos Estados Unidos durante 19 anos (1915-1934) e isso continuo até hoje sobre outra forma. Por exemplo, o que aconteceu 2004? Tinha um presidente no poder no Haiti que se chama Jean Bertrand Aristide ele  pediu à França a restituição de uma multa que um presidente pagou pela independência que é uma vergonha quando agente sabe que o Haiti conseguiu a independência no sangue e no fogo. Ou seja, ao preço do sangue então não da pra pagar, mas esse idiota Jean Pierre Boyer em 1825 pagou a multa. Por causa disso (restituição) a França, Estados Unidos e Canadá organizaram um golpe militar mais moderna contra o presidente e mandou ele na África do Sul na seqüência veio à ocupação do país por as nações unidas numa comissão que se chama MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para Estabilidade no Haiti) que tem o Brasil na liderança desde 2004 que é uma falta porque não tinha guerra e essa missão está piorando a situação do povo haitiano porque tem uma doença (cólera) que veio de um país na Ásia '' Nepal'' que já matou  milhares de haitianos inclusive crianças e muitos casos de estupros foram repetidos sobre os meninos e meninas!
No Haiti têm problemas sociais então, agente não precisa um exerço! As imagens que você viu na TV é uma maneira para justificar a manutenção  a presença dessa missão no Haiti porque tem interesse geopolítico e econômico ao detrimento do povo haitiano que é um povo lutador, corajoso.

Sobre os bons policiais por Mandi


                           “E quem pacifica a polícia?” - dizia um cartaz que li dia desses. Não sei. Não sei, pois não há diálogo entre quem porta uma arma versus quem tem somente a própria boca (ou a maioria das bocas do mundo!).
                        Também me pergunto, como uma das músicas da Frente 3 de Fevereiro, “quem policia a polícia?”. Mas dessa, eu sei a resposta: todas e todos nós. E, se considerarmos que o mundo se divide entre dominante versus dominado; oprimido versus opressor; quem manda versus quem obedece; quem tem dinheiro versus quem não tem... Podemos dizer que há duas versões sobre a atuação policial. Em qual você acredita?
                        Em nenhum momento que a Globo, a revista Veja (a mesma coisa, né?!) ou Estado defendem a polícia, o estão fazendo sem algum interesse. Para a grande mídia (que são empresas), para as grandes empresas (que patrocinam a grande mídia), para o Estado (que facilita a vida de grandes empresas) e para empresários (que mandam no Estado), é fundamental fazer com que todo mundo acredite que o policial é o herói, o mocinho que nos salva de todo mau, o que não é mentira. Para eles. Os dominantes. Para os que têm dinheiro e propriedades a serem defendidas (e vendidas e compradas e leiloadas).
                        Já diria Facção Central: Isso aqui é uma guerra. E, além disso, também nos diria que na guerra, o mais inocente é o favelado de fuzil russo. Isso porque, enquanto eu escrevo esse texto (e você lê!), milhares de moleques pegam em seus primeiros revolveres, enquanto ninguém vê. Enquanto ninguém quer saber se o moleque já comeu, mas se a lei permite que ele seja preso. Enquanto tudo que importa, é ver o bom policial expulsando mais uma família sem teto (que é a família do menino...) dum predio qualquer. A polícia que eu conheço defende a propriedade, não o ser humano.
                        A polícia que eu vejo é a que está em guerra, todo dia, contra o povo pobre dos bairros não nobres e periferias. A polícia que eu conheço é a vilã. Que enquadra todo pobre que ousa pensar que é livre para andar nas ruas. A polícia que conheço tem o “suspeito padrão”, o ser humano que será perseguido desde que nasceu. A polícia que conheço é racista.
                        De onde venho, a polícia me faz engolir bandeira e faixa, se resolvo agir, me manifestar ou fazer parte de movimento social. A polícia bate em 100, 200, 500, se resolvemos abrir a boca, se cansamos dos enquadros, do racismo... Da fome, da falta de emprego, da falta de perspectiva, da falta de casa pra morar. A polícia que conheço taca bomba de gás e bala de borracha em manifestante que, na falta de tudo, tem esperança de sobra. A polícia que conheço não é povo.
                        Se a televisão me diz que a polícia protegeu a esposa do empresário de ser assaltada, eu digo pra televisão (eu falo sozinha), que nos bairros escuros, aqui de baixo, o policial estupra a mulher, estupra a menina. Elas não são nem a esposa nem a filha do empresário. Aqui em baixo a polícia é o demônio, personagem central nesse inferno.
                        Até quando fecharemos nossos olhos? Até quando o inimigo nos convencerá?

Fora polícia! Dos bairros, favelas, escolas e vidas!

(Texto dedicado a todas as pessoas mortas pela polícia – que são muitas! - em especial às dos últimos dias, em que a chacina pulsa diante de nossos olhos)

O que será desse país? por Hugo Miura Akashadiipa (Campinas-SP)


O que será desse país?
que aprisiona crianças dentro das escolas
muitas vezes sem professor
7 salas de aula sem ninguém pra lecionar na parte de manhã
aula vaga a cada duas horas
quem é que quer ficar numa dessas escolas?
E quem move uma palha pra fazer algo contra isso?
Contra essa condição precária
do aluno e do professor
que será desse país?

*

Enquanto isso
alguns letrados em sua torre de marfim na academia
hipnotizados pela letargia
se perdem no meio de palavras e verborragia
teorias vazias
com o poder de encher a mente
e esvaziar o coração
esquecem assim que tão no meio de uma guerra e dentro de uma prisão

*

Que será desse país?
Ladrões de colarinho e carro importado
espalhados pelas câmaras e bancadas urbanas e ruralistas
seu trabalho é tramar mais uma empreitada
que vai deixar milhões de pais de família desempregados
sem terra pra plantar
mulheres em sua jornada tripla trabalhando noite e dia
pra bancar o pão amanhecido
criança na rua
sem acesso à cultura,
nem sabe mais o que é brincar porque trabalha feito escravo
nem referência pra crescer e se desenvolver de forma saudável
jovens e velhos caducam dentro de suas casas
entrando no mundo da televisão e da virtualidade
adotando o discurso da grande mídia
mantendo preconceitos medievais que só servem pra manter a situação

*

Tá na hora de acordar
que a casa tá pegando fogo
olhos abertos
percepção aguçada
planeta Terra chamando
clamando por libertação
de mentes, de sonhos e da imaginação
do mundo que queremos
palavra-ação desse sonho sendo feito no presente
suor e resistência,
trabalho e rebeldia,
amor e dignidade
são algumas de nossas armas nessa luta.

Guerrilha DCI (in)dica:

Livro:

Te pego lá fora (Edições Toró, 2006) do poeta e professor Rodrigo Ciríaco



Filme:

As tartarugas também voam (Drama - Irá, 2004) com direção de Bahman Ghobadi




Música:

Tarja Preta “Álbum Duplo” (Só Balanço, 2004) do rapper G.O.G.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Relembrar não é somente viver...

Relembrar não é somente viver, mas sim necessário para que as marcas do passado fiquem na memória ou transitem de forma errada por meios que não condiz com a verdade... A um dia de se "comemorar" a consciência do negro no Brasil é necessário analisar com atenção todos os dias e si e não um em espacial, amanhã simboliza a morte de um símbolo para toda uma geração, Zumbi do Quilombo de Palmares na Serra da Barriga hoje União de Palmares no estado de Alagoas, mas se faz necessário viver 1695 a todo instante e muitos antes, pois os capitães do mato estão soltos por aê, muitos Domingos Jorge Velho estão incorporados na sociedade contemporânea e agem como corruptos mercenários fardados ou engravatados...
Reflita e procure agir, questione, interrogue o papel e a influencia que a mídia faz na contextualização histórica do negro no Brasil em elementos que passam por despercebidos no cotidiano, assim como em jornais, revistas, sites e na programação da TV, enraíza-se assim a busca por uma identidade em que muitos de nós ainda não sabemos quem somos e quais são as nossas origens. O nosso ser vale muito mais do que a cor de nossa pele.

Abaixo cenas do filme “Amistad” (1997) com narrativa do poema “Navio negreiro” (1868) de Castro Alves, na voz de Paulo Autran.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O poder do furacão é produzido pela mídia...

Passagem do furacão Sandy por Cuba

As autoridades estadunidenses estão em choque com a passagem do tão esperado furacão Sandy, inclusive o mundo também, com o bombardeiro televisivo que compara os desastres com o atendado as Torres Gêmeas o povo está em estado de calamidade. Até parece que a Sandy passou só por lá, antes os irmãos latinos cubanos, haitianos, jamaicanos também sofreram e ainda sofrem ou melhor sofrerão muito com as conseqüências catastróficas causada pelo furacão, enquanto nesses países se fala em uma gota de esperança pela reconstrução de suas edificações e reconstrução da própria vida, lá na gringa nos USA todos estão apavorados, será que é só em New Yorque que que houve destruição... O poder do furacão vai além das interações entre as massas de ar quente e frio na costa oceânica, ele é também produzido pela mídia que faz com que pensamos que só existe uma ocasião, puro sensacionalismo vendendo o sangue e propagando o terror como bem sabem fazer... Ninguém pode alterar as dinâmicas naturais, furações sempre existiram, mas hoje com a mídia é muito mais sensacionalismo banal do que um evento proporcionado pela natureza.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“Águas da Cabaça” é o novo livro de Elizandra Souza


Projeto literário envolve sete mulheres negras


“Águas da Cabaça” é o novo livro da poetisa Elizandra Souza. Com ilustrações de Salamanda Gonçalves e Renata Felinto, a obra faz parte do projeto ‘Mjiba – Jovens Mulheres Negras em Ação’ e reúne textos de sete mulheres negras em diferentes protagonismos.
“E é nessa cabaça que ela traz sonhos, esperanças e água/vida. Água essa que limpa e leva tudo que não for bom embora. A água que rompe barragens, faz nascer rios, corre para o mar e vira imensidão, o imensurável”, assim diz Mel Adún, em um trecho do prefácio da obra, que ao longo das mais de 130 páginas, faz o leitor deparar-se com a alma pulsante da poesia negra e encanta-se com o concretismo de algumas poesias e com a graça das ilustrações em sincronismo com as letras.
O lançamento acontece na próxima sexta-feira (26) na Ação Educativa na região central de São Paulo (SP) e traz como convidadas a Dj Vivian Marques, que embala a noite poética nas pick-ups. Os convidados contam ainda com o pocket show da cantora Lívia Cruz e apresentação do Ballet Afro Koteban.
O livro é a segunda ação do projeto que foi contemplado pelo VAI-– Valorização de Iniciativas Culturais 2012, da Secretaria de Cultura do Municipal de São Paulo.
Serviço
Lançamento “Águas da Cabaça”
Quando: 26 de outubro (sexta-feira) das 19h às 22h
Onde: Ação Educativa
Endereço: Rua General Jardim, 660, Vila Buarque (próximo ao metrô Santa Cecília)
Ingresso: Gratuito
Informações: (11) 3151-2333 (ramal 142) ou 98251-4024
Sobre as participantes da obra
ELIZANDRA SOUZA (MJIBA)
Nasceu em 03 de julho de 1983, no Jardim Iporanga, na periferia da Zona Sul de São Paulo. Aos dois anos de idade foi morar na cidade dos seus pais, Nova Soure, Bahia, na qual permaneceu por 11 anos. Retornou a capital paulista em 1996 e nesse mesmo ano conheceu a cultura hip-hop. Editora do Fanzine Mjiba (2001- 2005). Poeta da Cooperifa desde 2004. Publicou o livro de poesias Punga, co-autoria de Akins Kintê, pela Edições Toró, 2007. Participou das antologias Cadernos Negros, Sarau Elo da Corrente, Negrafias e colaborou em outras publicações. Formada em Comunicação Social – habilitação em Jornalismo pelo Mackenzie. Atualmente é editora e jornalista responsável da Agenda Cultural da Periferia – Ação Educativa.
PARTEIRASSALAMANDA GONÇALVES
Ilustradora e designer, formada pela UNIFACS- BA, atua na área há 10 anos e responde pela produção gráfica da Mandingas Comunicação.
RENATA FELINTO
Bacharel em Artes plásticas, Mestre e Doutoranda em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP/ SP. É artista plástica, educadora e pesquisadora.
NINA VIEIRA
Artista gráfica, arte-educadora e fotógrafa. Desenvolve projetos de identidade visual, concepção de exposições e design editorial. Estudou Design Gráfico, Desenho de Moda e Vestuário.
MEL ADÚN
Jornalista e especialista em roteiro para tevê e vídeo, fotógrafa e escritora. Fundadora e idealizadora do programa de webtvTobossis Virando a Mesa – feito por e para mulheres negras.
PRISCILA PRETA
Atriz, dançarina e poeta. Como acredita na circularidade é artista educadora. Sua criatividade respira e transpira na CapulanasCia de Arte Negra e Umoja.
CARMEN FAUSTINO
Professora de Língua Portuguesa e arte-educadora em projetos sociais. É uma das organizadoras do Sarau da Casa que acontece em escolas públicas de Embu das Artes.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Frase


“O homem se apodera e se coloca a frente das máquinas para realizar a guerra, quantas vidas inocentes são destruídas por essa ambição, em que o mal impera”.
 MC Maurício (Mentes Urbanas DCI)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

# ALERTA GERAL VINDO DA FAVELA DO MOINHO NESSE MOMENTO - 20/09/2012, 20:15hs:



AÍ, MILTON SALES ACABA DE AVISAR:

ESTÃO JOGANDO BOMBA E REPRIMINDO PESADO A FAVELA DO MOINHO NESSE INSTANTE. BOMBAS DE GÁS, ENQUADROS VIOLENTOS, PESSOAS FERIDAS.

A GUARDA CIVIL METROPOLITANA E OUTRAS POLÍCIAS ESTÃO PARTINDO PARA CIMA DOS MORADORES, QUE JÁ FORAM VITIMADOS E DESALOJADOS POR 2 INCÊNDIOS CONSECUTIVOS EM MENOS DE 1 ANO, ESTÃO NA RUA, E NÃO ESTÃO PODENDO RECONSTRUIR SEUS BARRACOS E SUAS VIDAS.

AÍ: NÓS DO MÃES DE MAIO CONVOCAMOS A TOD@S VERDADEIR@S A SOMAR COM A FAVELA, A FORTALECER, A DENUNCIAR. MILITANTES, JORNALISTAS, DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS, JURISTAS, ARTISTAS COMPROMETIDOS ETC.

CLAMAMOS TAMBÉM À FAMÍLIA RACIONAIS MCs E TODO MOVIMENTO HIP-HOP ORGANIZADO, QUE INCLUSIVE VAI PARTICIPAR DE ATIVIDADE PÚBLICA HOJE, A REFORÇAR ESSE ALERTA GERAL DE ATENÇÃO E SOLIDARIEDADE AOS MORADORES E MORADORAS DA FAVELA DO MOINHO.

A COMUNIDADE E ÀS CENTENAS DE FAMÍLIA TEM DIREITO AO TETO, À ASSISTÊNCIA E DIGNIDADE ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃO.

CONVOCAMOS A TOD@S VERDADEIR@S A CHEGAREM NA FAVELA, MONITORAREM TODO E QUALQUER ABUSO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS, DENUNCIAR E FORTALECER A RECONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE.

TELEFONE DO MILTON SALES: 11-95130-8202

terça-feira, 11 de setembro de 2012

11 DE SETEMBRO, UMA DATA A SER ESQUECIDA OU SEMPRE LEMBRADA!


11 DE SETEMBRO DE 1973 INÍCIO DA DITADURA NO CHILE...


Regime Militar é o período da História do Chile compreendido desde o dia 11 de setembro de 1973, quando os comandantes em chefe das Forças Armadas e o general diretor de Carabineiros do Chile deram um golpe de Estado e depuseram o governo do presidente Salvador Allende, até o 11 de março de 1990, quando Augusto Pinochet entregou o poder ao presidente eleito nas eleições, efetuadas no o Chile sofreu uma importante transformação econômica, política e social, para a vez que se cometeram sistemáticas violações aos direitos humanos. Politicamente, o regime se caracterizou por um modelo autoritário de governo.


Texto: Wikipedia

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Biqueira Literária - Repressão aos poetas da periferia nas ruas da Flip 2012 (Paraty)



EXCLUSIVO: PARATY FASHION WEEK?

Escritores da literatura marginal-periférica sofrem ameaças e são reprimidos na FLIP 2012, que de grande evento cultural, se transforma a cada ano na “passarela” da poesia


por Renan Inquérito e Rodrigo Ciríaco*

“Vendo pó! Vendo pó… Vendo pó…esia! Tem papel de 10, papel de 15, papel de 20, com dedicatória do autor, ainda vivo.” Eram essas frases que nós, Renan Inquérito e Rodrigo Ciríaco, gritávamos no megafone enquanto andávamos pelas ruas de Paraty (RJ) na 10ª edição do Festival Literário de Paraty (Flip), a maior festa literária do país. Megafone numa mão, livros na outra, e entre curiosos e assustados íamos vendendo nossos livros no maior estilo guerrilha, indo pra cima do povo, buscando leitor até onde não tinha. Uns achavam engraçado, interessante, outros nem tanto.

O fato é que estávamos ali representando os escritores independentes, periféricos desse país, escritores sem editora, que fazem das ruas seu stand. Enquanto a Flip tinha a sua livraria oficial, a Livraria da Vila, a gente levou um pouco da nossa livraria oficiosa, a Livraria da Vela: Fa-Vela!

Logo de início paramos perto de uma ponte, uma via pública na parte central do evento e começamos a recitar poesias aos que passavam. O sarau improvisado logo foi batizado de “Sarau da Ponte” – lembranças aos Maloqueiristas.

Tudo ia bem até o segundo dia, quando um fiscal da Prefeitura, acompanhado de um policial nos abordou dizendo que era proibido comercializar livros daquela maneira, estávamos ferindo a Lei Orgânica do Município, e que era pra gente parar porque se não aquilo ia virar “uma feira”, além do que, estávamos fazendo apologia às drogas porque dizíamos que vendíamos PÓ.

Explicamos: “vendemos pó-esia, irmão”. Mas o policial militar, que se identificou juntamente a fiscais da prefeitura, seguranças e organizadores do evento, disse que o problemas estava na “interpretação” – ao que retrucamos: Drummond, homenageado da Flip 2012, escreveu: “No meio do caminho tinha uma pedra”, ele estava vendendo crack? (Assista ao vídeo “Biqueira Literária”)

Pra evitar um transtorno maior, decidimos circular, fomos vender os livros em outro lugar, longe dos olhos dos fiscais, mas no outro dia, lá estávamos na ‘bendita’ ponte, e logo eles chegaram de novo, dessa vez com reforços, até porque estávamos armados com livros de alto calibre: #PoucasPalavras, Te Pego Lá Fora, Pode Pá Que é Nóis que Tá, 100 Mágoas, nossos trabalhos, considerados por eles drogas de alta teor de intoxicação e periculosidade.

Ameaçaram apreender os livros caso não saíssemos do local e ainda ameaçaram nos enquadrar por desacato à autoridade, disseram que não tínhamos alvará de “funcionamento” – nós questionamos: desde quando um escritor, detentor dos direitos autorais do seu livro, estando em uma festa literária, com um produto cultural, em via pública precisa de “alvará” para trabalhar?
Ainda mais se tratando de um país que tem, em todo o seu território nacional, menos livrarias funcionando do que apenas uma única cidade, como Buenos Aires na Argentina! Nós deveríamos receber apoio, incentivo e não ameaças, repressão, sermos constrangidos!

Para resumir: na maior festa literária do país, a prefeitura de Paraty (RJ), a polícia do Rio de Janeiro, os organizadores da Flip 2012, agiram como sempre fizeram: ignorando os escritores marginais, independentes e suas respectivas manifestações, expressões artísticas que aconteciam nas ruas, legitimando apenas a literatura passiva, ‘official’, dos stands, das grandes editoras, em um evento onde pagava-se R$ 40 para assistir os debates, em uma festa financiada por uma lei de incentivo à cultura e patrocinada por um banco que quer pintar a cidade toda de laranja.

Liberdade de expressão, direito de ir e vir: ZERO! Quer saber? Se formos seguir a letra da lei, quem não tem alvará são eles! Eles que não tem alvará para nos entupir apenas com livros da chamada “literatura oficial”, com marcadores de páginas cheios de logomarcas famosas muitas vezes financiadas com recursos públicos. Interferindo e alterando totalmente a configuração da cidade, tombada pelo Patrimônio Histórico da Humanidade.

Será que a Flip pediu alvará de funcionamento para os índios e quilombolas que vivem em Paraty antes mesmo da chegada do homem branco? Não vi nenhum estande pros índios e quilombolas venderem seus artesanatos, estes ficavam no chão, no meio da rua se quisessem. E pudessem, já que a repressão dos fiscais, também atingia a eles, algumas vezes.

A passarela da poesia, a “Paraty Fashion Week”, parecia mais uma verdadeira balada literária – perdoe-nos o trocadilho, Marcelino Freire -, e nós, os escritores marginais, periféricos, independentes, fomos lá pra preservar o patrimônio histórico do povo brasileiro, o inconformismo e a coragem que ainda nos dá uma ponta de esperança. Mas como diriam os Racionais MCs: “Nossos motivos pra lutar ainda são os mesmos”.

Todos os artistas de rua, poetas e escritores frequentadores das quebradas dos saraus, da literatura marginal, independente, viva, da cultura periférica fazem muito, muito mais para a diversidade e riqueza de nossa cultura, do que muitos bancos privados, prefeituras vendidas e polícias repressivas. Não precisamos de autorização nem de alvará para o nosso funcionamento. A nossa cultura é livre. E as ruas pedem livros!

*RenanInquérito é músico, poeta, educador, geógrafo e integrante do grupo de rap Inquérito; Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, integrante do coletivo cultural Os Mesquiteiros.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

FIFA confirma Araraquara na Copa 2014


E que o “progresso” pra cidade não venha somente através de aquisições de hotéis, centros de treinamentos, shoppings centers, mas com melhorias na educação, saúde e transporte público... Acorda Araraquara é ano de eleição e os porcos estão à solta!


FIFA confirma Araraquara na Copa 2014
Cidade foi anunciada como subsede do Mundial de 2014, que será realizado no Brasil

Data:  01/08/2012, às 12h26 FONTE: SimNews 

Araraquara foi confirmada como uma das cidades escolhidas pela FIFA para ser subsede da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (1), durante um encontro com representantes do comitê e do Governo do Estado, em São Paulo.
Foram 32 subsedes em todo o país – 19 delas no Estado de São Paulo. A lista inicial tinha mais de 100 cidades. A confirmação deve acelerar uma série de investimentos na cidade, uma vez que o município passa a integrar o livro oficial da Fifa e fica à disposição das seleções. “Portugal, Arábia Saudita e Japão já demonstraram interesse em conhecer Araraquara para a realização da pré-temporada na cidade”, afirmou o prefeito Marcelo Barbieri.
Dentre os fatores que pesaram favoravelmente estaria a localização e o complexo esportivo que a cidade dispõe, como a Arena da Fonte, o Centro de Treinamento do Pinheirinho, além da rede hoteleira. “Araraquara é a única cidade da região central credenciada agora pela Fifa”, completou o prefeito, que afirmou ainda que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já confirmou a liberação de investimentos para o município. "É preciso melhorar ainda mais o Centro de Treinamento. O governador também se mostrou disposto a liberar recursos para a construção da Marginal das Cruzes”.

sábado, 28 de julho de 2012

Guerreiro das palavras: Rodrigo Ciríaco

Salve rapaziada do blog, segue abaixo uma matéria de Alessandro Buzo para o SPTV com o grande guerreiro das palavras, professor e amigo Rodrigo Ciríaco sobre o projeto Sarau dos Mesquiteiros.


Rodrigo Ciríaco é autor dos livros:



Autor: Rodrigo Ciríaco, Edições Um por Todos, Outubro de 2011 - Periferias de São Paulo, SP - Brasil - R$ 20,00



Primeiro livro de autoria própria, versa contos sobre o cotidiano de uma escola pública na periferia de São Paulo. Edições Toró, Junho de 2008 - 3a TIRAGEM - R$ 15,00

(IN)DICA: O Hip-Hop está morto de Toni C.


Entrevista com o autor:

quarta-feira, 25 de julho de 2012

De presidiário a escritor: conheça a saga de Luíz Alberto Mendes


Você conhece Luiz Alberto Mendes? Ele passou mais de 30 anos na prisão e é autor de três livros, o Memórias de um Sobrevivente, lançado em 2001 pela Companhia das Letras; Tesão e Prazer: Memórias Eróticas de um Prisioneiro, lançado em 2004 pela editora Geração e Às Cegas, também lançado pela editora Companhia das Letras em 2005. Assista a entrevista e se emocione com esta grande história de superação.

Do portal: Vermelho


ENTREVISTA - O escritor tem poder


Ilustração: Lucas

Ignácio Loyola Brandão aconselha novos escritores a pensarem apenas na qualidade de suas obras e não no dinheiro

Por Matheus Vieira - araraquara.com

Matheus Vieira - Qual o prazer que você sente, Ignácio, por trabalhar com as letras?
Ignácio Loyola Brandão - Um prazer sensual. Além daquele prazer que todos conhecemos (coitados dos que não conhecem) existe o de soltar a fantasia, inventar mundos e pessoas, criar paixões, furacões, gente boa e ruim, megeras, santas, virgens ou não. O escritor tem poder. Poder de transitar por onde quer, dentro de sua imaginação.

Matheus Vieira - Qual é a realidade do mercado brasileiro para os escritores?
Loyola - Igual ao de 20, 30, ou mesmo 50 anos atrás. Apenas meia dúzia consegue sobreviver da venda de livros. Os outros têm um oficio paralelo que garante a "sobrevivência". Mas escrevemos pela paixão e pelo sonho, pela compulsão e necessidade. Tem quem queira escrever por delírio, mas este precisaria descobrir a fórmula do sucesso. E esta não existe. É aleatória, imponderável.

Matheus Vieira - E quais são as suas inspirações na hora de escrever, Ignácio?
Loyola - Inspirações? A realidade à minha volta. O mundo, as pessoas, a minha constante observação, o caderninho de anotações, as conversas, a intuição, o sexto sentido, o olhar agudo, penetrante, a busca incessante.

Matheus Vieira - Algum autor de Araraquara?
Loyola - Não, nenhum autor de Araraquara me inspirou.

Matheus Vieira - Que conselho você dá para aqueles aspirantes a escritores, que sonham em viver dessa arte?
Loyola - Escrever, escrever, escrever, ler, ler, ler. E em lugar de pensar em sucesso e dinheiro e fama, pensar em escrever boas histórias, bons romances. Colocar como meta ser o maior de todos e lutar para isso. Estou cansado desses jovens (e não jovens) que me procuram dizendo: quero ser escritor e ficar famoso. Digo: desista. Outro veio e perguntou: Como se faz uma tarde de autógrafos? Expliquei o mecanismo. Simples: livro, livraria, autor e convidados. E ele: Quantos livros preciso vender na tarde de autógrafos? Depende de quantas pessoas apareçam. Em seguida: E como faço para editar um livro? Expliquei e perguntei: Está pronto o livro? O que é? Romance, conto, crônica? E ele: Ainda não escrevi, estou me informando, por enquanto.

Matheus Vieira - Atualmente, o senhor está trabalhando em alguma obra?
Loyola - De uma conversa com Sandra Lapeiz, da Fundação Carlos Chagas, coordenadora do programa nacional Livros Para Todos, que vai este ano levar bibliotecas para mais de 50 cidades brasileiras, surgiu a idéia de fazer uma série de textos em cima das músicas que me seguiram ao longo da vida e me marcaram. O livro ficou pronto. Imagens de Araraquara e de São Paulo, de Cuba, de Roma, contos, crônicas, memórias. Um livro indefinível. Gosto de gêneros sem definição. O livro terá imagens de Paulo Melo Jr. e um CD com todas as canções citadas, cantado por Rita Gullo. Título: "Solidão no Fundo da Agulha". O título é tirado de um poema de Viviane Mosé, poeta, educador e cronista. 

Letras e mais letras

Letras e mais letras

RAP NACIONAL DE ATITUDE!

MIXTAPENACIONALCONEXÃO – DENNON (Dennon Under)


ETC.. & Mentes Urbanas - Enigma da Vida 2012


Parceria entre os MC's André (ETC...), Maurício e Dé (Mentes Urbanas DCI) na produção da música "Enigma da Vida" que estará no novo projeto do grupo ETC... - A Fusão previsto para o final de 2012.

Imagens: Maurício e Dé
Instrumental: André
Estúdio: Doctor Áudio - Araraquara-SP

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Nada é de graça. Tudo é negócio! Se tratando de saúde então...



Teste doméstico para detectar HIV
Agência do Medicamento dos Estados Unidos aprova dispositivo
CiênciaHoje 04/07/2012

Teste rápido do HIV
A partir de agora, para já apenas nos Estados Unidos, está disponível um teste rápido doméstico de detecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Este teste, que não necessita de receita médica, foi ontem aprovado pela Agência do Medicamento dos Estados Unidos (FDA).
“Autorizamos o seu uso doméstico já que, para a própria pessoa, conhecer o seu estado de saúde é um factor essencial no momento de prevenir a doença. Saber é o primeiro passo para combater”, esclarece, em comunicado, Karen Midthun, directora do centro da FDA para a Avaliação e Investigação Biológica.
O teste, concebido para detectar a presença de anticorpos do tipo HIV-1 e HIV-2, consiste na recolha de saliva das gengivas superiores e inferiores. O resultado é obtido em apenas 20 minutos, informa a FDA.
Há dois meses que um comité de especialistas avaliava o seu uso doméstico, que já se realiza em hospitais ou centros ambulatórios. O teste está desenhado para permitir que qualquer pessoa o possa fazer em casa. Mas devem ter-se em conta vários pontos, adverte a agência.
Mesmo que o resultado dê positivo, devem fazer-se análises adicionais num centro médico. O mesmo se aplica para o caso de dar negativo, principalmente se a possível exposição ao vírus aconteceu há menos de três meses.
Os estudos clínicos demonstraram que o teste, chamado OraQuick, detecta correctamente a presença de infecção em 92 por cento dos casos. No entanto, é eficaz em mais de 99 por cento dos casos negativos.
A empresa OraSure Technologies, que desenvolveu o dispositivo, contará com um centro de informação e apoio durante 24 horas por dia, serviço que oferecerá instruções sobre como utilizar correctamente o teste.
Nos Estados Unidos estima-se que estejam infectadas com o vírus 1,2 milhões de pessoas, sendo que 20 por cento não o sabe, segundo os dados do Centro de Prevenção de Doenças (Center for Disease Control and Prevention - CDC). Por ano, aparecem 50 mil novos casos e em 2010 faleceram 13 mil pessoas de sida.
O comunicado da FDA não menciona qual será o preço de venda ao público. No entanto, os profissionais de saúde já o podiam adquirir por 17,50 dólares (aproximadamente 14 euros).

terça-feira, 3 de julho de 2012

Sharylaine - Livre no Mundo (Clipe Oficial)


Música: Livre no Mundo
Artista e Letra: Sharylaine
Produção: Leopapel
Vídeo clipe produzido no mês de Maio 2012 
Direção: Leopapel
Cogumarola Produções

RAP NACIONAL LINHA DE FRENTE

segunda-feira, 2 de julho de 2012

RAP educação, RAP é educação


Estou lendo no momento o livro: "RAP educação, RAP é educação" (Editora: Summus - SELO NEGRO edições) com organização de Elaine Nunes de Andrade. O livro é 1999 momento em que a música RAP explodiu no Brasil, tanto na mídia quando na boca dos talarico, na contra mão das produções acadêmicas a autora reuniu um time de corajosos intelectuais para abordar o tema de forma séria e precisa reconhecendo o trampo que o RAP realiza nas periferias frente a auto-estima e a conscientização dos jovens excluídos, que desde os guetos jamaicanos desperta o senso crítico e provoca a busca pela identidade e cada cidadão. Já fui muito crítico em relação dos acadêmicos escreverem sobre RAP e Hip-Hop ainda continuo sendo pois há muitos aproveitedores, mas existe muita gente boa nesse universo no qual atualmente também estou inserido.


Bom, vou continuar com a minha leitura.


E você tá lendo o que?

sexta-feira, 29 de junho de 2012

RAP Nacional é nóiz...

"Mulheres no RAP", uma ótima reportagem feita pelos alunos do curso de jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi que aborda o momento atual do RAP feito por mulheres no Brasil, quebrando preconceitos, machismos e trabalhando para expressar seus sentimentos. Com participação de Rubia (RPW), Flora Matos e Lurdes da Luz. Muito bommm.


RAP NACIONAL LINHA DE FRENTE

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pelas Rodovias de SP... Alckmin sobe o preço dos pedágios


Nesta quinta-feira o Governador Geraldo Alckmin anunciou o aumento no preço dos pedágios nas Rodovias de SP (que por sinal já são bem cara$). Com o IPI lá em baixo paga-se caro para circular com as gaiolas ambulantes. Não sei não, do jeito que está é melhor ficar em casa. O transporte coletivo em várias cidade do interior estão com valores próximos com o da capital (Sorocaba R$ 3,15 / Campinas R$ 3,00 / Araraquara - R$ 2,70), trens e metros super lotados e com pouca malha férrea.

Bom, pra dar um rolê tá embaçado agora é treta pra quem precisa dar um trampo.

PSDB 17 anos de ditadura, vamos acordar rapaziada pois é ano de eleição...

CLIQUE AQUI para ter acesso a tabela com os novos valores dos pedágios

sexta-feira, 22 de junho de 2012

REDEFININDO O POSSÍVEL


Alpinista sem pernas chega ao topo do monte Kilimanjaro e levanta fundos para a caridade




Quando pensar no termo "impossível", lembre-se de Spencer West. No último dia 12, ele começou o maior desafio de sua vida: escalar uma das mais difíceis montanhas do mundo, o Monte Kilimanjaro, ponto mais alto da África. O mais impressionante? Ele faria isso sem as duas pernas. O alpinista perdeu os dois membros inferiores quando tinha cinco anos de idade por conta de um defeito genético. Mas se recusou a aceitar as limitações e venceu obstáculos cada vez maiores em sua vida.
No último dia 19, apenas sete dias depois de começar a subida, Spencer e seu time chegaram ao teto africano, 5.895 metros acima do nível do mar. Subindo sozinho por mais de 80% do caminho usando apenas seus braços, o alpinista surpreendeu o mundo e atingiu o cume do Kilimanjaro. E o melhor: fez isso em nome da caridade.
Todo o dinheiro arrecadado com a expedição será repassado por West para a instituição sem fins lucrativos Free The Children, que cuida de crianças carentes em todo o continente africano. Toda a missão foi financiada através de crowdfunding, totalizando quase US$ 500 mil em doações. Mesmo depois da chegada ao topo, as doações no site de West ainda estão abertas.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Brasil, Brasil está tudo bem? Parece que não...



Literatura da periferia: Eduardo Facção Central irá lançar trabalho inédito


Eduardo é um líder revolucionário dos tempos modernos. Por onde passa arrasta uma multidão sedenta para ouvir suas ideias. Contundente em suas opiniões, não economiza palavras para descrever todo o asco que sente com a discrepância na divisão de renda da sociedade brasileira. Depois de lançar sete discos com o Facção Central, Eduardo se prepara para armar seus seguidores com outra munição, tão letal quanto suas letras de rap.
A nova munição de Eduardo é um livro que trata sobre diversos temas ligados as condições sociais do Brasil. Há alguns anos o rapper dedica parte de seus dias para escrever este trabalho. Se antes o público que acompanha Eduardo já se surpreendia com a diversidade de argumentos utilizados nas letras de rap, agora vai ter ainda mais conteúdo para suprir as lacunas deixadas pela educação deficiente que é oferecida nas escolas.
Eduardo nasceu e foi criado no Grajaú, Zona Sul de São Paulo/SP e estudou apenas até a 5ª série. Quando começou a escrever letras de rap, sentiu necessidade de ampliar seu conhecimento para poder transformar sua indignação em rima. Eduardo construiu  sua formação intelectual através dos livros e então surgiu o desafio dele mesmo escrever um livro e incentivar seu povo à leitura.
O livro de Eduardo é uma obra muito esperada pelo público do hip-hop brasileiro e será leitura obrigatória para todo morador de periferia que quiser compreender como opressor age para manter o povo em condições sub-humanas.

*O texto acima foi retirado da Revista Rap Nacional nº 1, que traz ainda  um trecho deste novo trabalho de Eduardo e também uma entrevista exclusiva com o rapper e autor.

Maiores informações: Rap Nacional

LITERATURA DA PERIFERIA PARA O MUNDO


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Percurso e universo de Alice Brill


Filha de um artista plástico morto em um campo de concentração, Alice nasceu em Colônia, em 1920, e migrou para o Brasil em 1934 com sua mãe, para escapar do nazismo. Decidida a abraçar o ofício paterno, já em 1940 passou a frequentar o Grupo Santa Helena, associação informal de pintores que frequentavam ateliês no Edifício da Sé, em São Paulo, conhecido como “Palacete Santa Helena”. Seus mestres foram Paulo Rossi Ozir, Aldo Bonadei, Yolanda Mohaly, Poty e Hansen Bahia, que a influenciam a trabalhar com pintura a óleo.







Em 1946, ganha uma bolsa de estudos e até 1947 faz uma série de cursos na University of New Mexico, em Albuquerque, e na Art Student’s League de Nova York, ambas nos Estados Unidos. Estuda desenho, pintura, escultura, gravura, história da arte, literatura, filosofia e tem seu primeiro contato com a fotografia. Já de volta ao Brasil, começa a trabalhar como fotógrafa da revista Habitat, para a qual realiza reportagens sobre arquitetura e artes plásticas.






Sua longa carreira resultou em mais de cem exposições individuais e coletivas, entre elas a I Bienal de São Paulo, em 1949. Foi fundadora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), do Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo e da Associação Brasileira de Pesquisadores em Arte. Em 1975 se formou em Filosofia pela PUC-SP e posteriormente fez mestrado e doutorado em Estética na USP. Publicou três livros: Mário Zanini e seu tempo (Ed. Perspectiva, 1984), Da arte e da linguagem (Ed. Perspectiva, 1988) e Flexor (1990), além do capítulo sobre artes plásticas do livro O expressionismo (org. Jacó Guinsburg, Ed. Perspectiva, 2002).









quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Homem carece de outro Homem


Desperdício
Do que um homem mais carece para viver? Meios para se alimentar? Ambiente favorável à sua proliferação? Defesas contra as demais espécies? Vestuário, moradia para se proteger das intempéries? Capacidade de raciocinar, sentir e memorizar?
Não. Apesar de precisar disso tudo também. E tudo isso se desenvolve e acontece na espécie humana a partir do que ela mais carece. O que pode ser então?
O homem precisa do outro homem para viver e projetar seu futuro. Carecemos do bando, como muitas outras espécies. A dos chipanzés, por exemplo. Sozinhos somos presas fáceis, sem muitas defesas, facilmente extinguíveis. Unidos produzimos alimentação e abrigo. Aprendemos a sentir, disciplinamos o raciocínio, prevenimos acidentes, colecionamos memórias e passamos às próximas gerações. Juntos construímos defesas e vencemos tudo que possa nos ameaçar. Principalmente, planejamos o futuro.
Viver não é enganar o medo de morrer com distrações extremas. Equilibramo-nos pendurados em finos fios de seda para viver o melhor que podemos. Seria um desperdício.
                                                   
Luiz Mendes
07/06/2012.

Rapper Fiell: "Da favela para as favelas", livro...

                                        
Sinopse do livro: ”Repper Fiell (com “E” para valorizar a cultura do Repente nordestino), militante, atua no hip-hop há 15 anos. Em seu primeiro livro, “Da Favela para as Favelas”, Fiell conta o que aprendeu dentro e fora do hip-hop e fala sobre favela, tráfico, marcas de roupas, comunicação e como adquiriu o conhecimento crítico e defende a ideologia que lhe faz ser diferente dos demais “rappers”. O livro, conta com prefacio de moradores de favelas e do asfalto: Marcelo Yuka (músico e compositor, ex-O Rappa), Itamar Silva (jornalista, coordenador do Grupo ECO – Favela Santa Marta), Cláudia Santiago (jornalista, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC) e Gizele Martins (jornalista, editora do jornal O Cidadão, da Maré).

Pedidos: fiellateamorte@gmail.com (21) 86700327R$ 10 reais.
                                 
 LITERATURA DA PERIFERIA PARA O MUNDO